Resenha 1
Para melhor interpretação a autora separou sua dissertação em pontos onde discorre sobre evolução da economia, heterogeneidade econômica, articulações econômicas regionais e dimensão social e persistência da pobreza.
Sabemos que até a década de 60 o Nordeste era uma região caracterizada pela extrema pobreza e pouca participação na integração do PIB brasileiro, contudo segundo a autora isso começa a mudar na década de 1960, sendo então sua economia substituída por um forte dinamismo e numerosas atividades que ali se desenvolveram, mesmo a pobreza ainda sendo uma das principais marcas do Nordeste.
Nas pesquisas realizadas por Celso Furtado mostra que enquanto o crescimento econômico do Sudeste era comandado por indústrias de manufatura o Nordeste continuava com o ultrapassado setor primário exportador, dessa forma o Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do Nordeste propôs o estimulo a industrialização no Nordeste como forma de superar as dificuldades geradas pela velha base agroexportadora.
Os resultados foram que, em 1967 e 1989 a agropecuária reduziu sua contribuição no PIB regional enquanto que a indústria passou de 22,6% para 29,9%. Segundo os dados do IBGE e da SUDENE, e comparando o desempenho da economia brasileira com a região do Nordeste, verifica-se uma melhoria na participação da região com o PIB do país que aumentou de 12,6% para 15,8%.
Outro aspecto interessante em relação à economia nordestina é o fato da mesma ter sido o menos atingido com as crises que se sucederam nos anos seguintes, isso acontece porque as crises afetam de forma muito mais impactante as indústrias de bens de capital e bens de consumo duráveis, como essas indústrias não possuem grande presença no tecido industrial do Nordeste este se mantém se especializando mais na produção de bens intermediários