Res Duos Radioativos

1 INTRODUÇÃO

As características perigosas inerentes aos rejeitos radioativos exigem a adoção de uma série de medidas, que visam assegurar a proteção da saúde humana e do meio ambiente, tanto no presente como no futuro, contra os possíveis efeitos indevidos que esses materiais possam causar.
O conjunto de atividades técnicas e administrativas aplicáveis à coleta e segregação, ao manuseio, tratamento, acondicionamento, transporte, armazenamento e controle, bem como à eliminação ou deposição de rejeitos radioativos constitui a gerência de rejeitos radioativos. Essas atividades devem ser consideradas e planejadas nos estágios iniciais de qualquer projeto que envolva o uso de materiais radioativos.
O lixo nuclear pode ser definido como todo o resíduo e todas as sobras resultantes da utilização de elementos e substâncias químicas radioativas, além de tudo o que estiver contaminado por eles, ou seja, tudo o que entra em contato com materiais radioativos.
A maior dificuldade em lidar com o lixo radioativo é, além das meias-vidas diferentes dos nuclídeos (de frações de segundo até bilhões de anos), as diferentes qualidades e quantidades de suas emissões radioativas (alfa, beta, gama, nêutrons, prótons etc). Por isto, esses resíduos devem ser identificados e armazenados em local seguro para que não causem danos aos seres vivos e ao meio ambiente. Assim, por exemplo, nos produtos da fissão do urânio-235, já foram identificados mais de 35 elementos diferentes, na forma de mais de duzentos isótopos. Muitos deles são radioativos como, por exemplo, o estrôncio-90 (meia-vida = 28 anos), o iodo-131 (meia-vida = 8 dias) e o césio-137 (meia-vida = 30 anos).
Há também o problema de armazenamento dos resíduos radiativos produzidos, o lixo atômico, e, finalmente, apesar de toda a segurança que deve existir nesse tipo de usina, há a possibilidade de ocorrerem acidentes como o vazamento de material radiativo. Foi o que ocorreu em Chernobyl, na União Soviética, onde se formou uma nuvem