Requerimento
Bem longe de adivinhar o significado e o alcance desta expressão na sociedade hodierna, os criativos responsáveis serviram-se de uma metáfora simples e eficaz, que acabaria por descrever, com extraordinária exactidão, a história da informação e do acesso ao conhecimento das últimas décadas.
Com efeito, com o aparecimento dos computadores pessoais e a sua posterior comercialização em massa, o que outrora constituía um luxo ou uma mera fonte de lazer, tornou-se hoje um instrumento de aprendizagem e de trabalho absolutamente indispensável.
Eis-nos pois chegados a uma nova era de conhecimento e de evolução tecnológica, em que a informação se encontra ao alcance da ponta dos dedos e em que a linguagem informática dos bits e dos bytes, do CD-ROM e de tantos outros termos técnicos, se vai lenta e sub-repticiamente “instalando” no vocabulário quotidiano.
Na verdade, correspondendo o computador «grosso modo» a um móvel com gavetas muito amplas e de grande volume, onde se deposita todo o tipo de informação e de conhecimento, a sua utilização encontra-se irremediavelmente limitada não só em termos de conteúdo, mas também em termos de espaço.
Dito de outro modo, o utilizador de um computador apenas terá acesso à informação que, em momento anterior, escolheu gravar no interior do disco rígido. Pelo que o conteúdo acessível depende de uma selecção prévia pelo utilizador que vai condicionar, inevitavelmente, o âmbito da sua utilização futura. Assim,
a
utilização
constante
e
sucessiva
vai
convertendo
o
computador num instrumento personalizado: um computador pessoal ou
“personal computer” (PC).
Por outro lado, sempre se dirá que aliada à referida limitação material existe, simultaneamente, uma limitação física, já que tal como uma gaveta, o disco rígido de um computador detém um espaço finito.
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