Representacao Social Envelhecimento
Print ISSN 0102-7972
Psicol. Reflex. Crit. vol.12 n.2 Porto Alegre 1999 doi: 10.1590/S0102-79721999000200015
Representações sociais do envelhecimento
Maria Cristina Triguero Veloz
Clélia Maria Nascimento-Schulze12
Brigido Vizeu Camargo
Universidade Federal de Santa Catarina
Resumo
A presente pesquisa visou a estudar as representações sociais das pessoas sobre a velhice, o idoso e o envelhecimento enquanto processo. Foram entrevistadas 37 pessoas (idade mínima de 52 anos e máxima de 92 anos). Estas pertenciam a três grupos residentes na cidade de Florianópolis: professores aposentados da UFSC; participantes de um programa da universidade da terceira idade (NETI) e residentes num centro para idosos. As entrevistas foram analisadas com ajuda de um software de análise quantitativa de dados textuais (Alceste). Os resultados apontam para três tipos de representação social do envelhecimento: a primeira é uma representação doméstica e feminina onde a perda dos laços familiares é central, a segunda tipicamente masculina apoia-se na noção de atividade, caracterizando o envelhecimento como perda do ritmo de trabalho, e a última mais utilitarista apresenta o envelhecimento como desgaste da máquina humana. A variável sexo esclareceu aspectos relevantes sobre as diferentes representações encontradas.
Palavras-chave: Representações sociais; envelhecimento; velhice; idoso.
Social representations of aging
Abstract
The present research investigated the social representations of aging as considered by three different groups of subjects. Thirty seven individuals (older than 52) were interviewed, about the issue of getting old. They belonged to three distinct groups, namely: retired faculty from the Federal University of Santa Catarina, participants of na academic program designed for the elderly, and residents of a nursing home for the elderly. The interviews were of the semidirective type and were tape recorded and literally transcribed. The