A vida entre perdas e ganhos: representações sociais do envelhecimento na bvs
por
LISEANE MOROSINI
Trabalho final da disciplina Seminários Interdisciplinares de Pesquisa II, apresentado ao Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz.
Professoras: Dalia Romero
Rio de Janeiro, julho/2010
INTRODUÇÃO
De acordo com o Fundo de População das Nações Unidas, as pessoas idosas são o grupo populacional que cresce mais rapidamente no mundo. Se, hoje, os indivíduos que têm 60 anos ou mais constituem um em cada dez pessoas, essa proporção deve subir para um em cada cinco pessoas até a metade do século.[1] Estima-se que em, 2050, o Brasil ocupará a sexta posição mundial em termos de população idosa, com mais de 32 milhões de indivíduos nesta faixa etária, representando 15% de sua população total.[2-4] O envelhecimento populacional requer a preparação das sociedades para absorver seus impactos e entender os desafios que se apresentam.[5] A questão central a ser considerada é a velocidade com que esse envelhecimento ocorre e os desdobramentos que gera. Se, nos países desenvolvidos, a transição demográfica ocorreu de forma gradual e foi acompanhada de crescimento socioeconômico durante gerações, no contexto de nações menos desenvolvidas, como o Brasil, com preocupações e políticas prioritárias ainda voltadas para a infância (até 15 anos de idade) e juventude (grupo situado entre 15 e 24 anos), a mudança demográfica será reduzida a poucas décadas sem a obtenção, ainda, de um aumento substancial em suas riquezas.[6] Por essa razão, necessidade, adequação e urgência são fatores que devem impulsionar as políticas públicas que beneficiem as populações de todas as faixas etárias, em especial as que se encontram em situação de vulnerabilidade como as pessoas idosas. Embora o envelhecimento populacional ocorra de forma generalizada na sociedade