Reportagem seminario 1
Por Jorge Martins
Qui, 11 de Dezembro de 2014 13:11
“Se o campo não planta, a cidade não janta. Se o campo não roça, a cidade não almoça”. Com essas frases, alunos do Instituto Federal do Maranhão e representantes de movimentos sociais apresentaram a mística que integrou a abertura do Seminário Maranhense de Agroecologia nessa quarta-feira (10), no campus Caxias. Na apresentação, foi representada a diversidade da agricultura familiar no Maranhão, em um apelo a formas de produção agrícola mais ambientalmente corretas e socialmente justas. O assunto será discutido ao longo do evento, que tem o tema “Educação e Ciência em Agroecologia para o Desenvolvimento Sustentável”.
A conferência de abertura propôs a discussão: “Desenvolvimento e Agroecologia – as moedas e suas faces”. A palestrante Cindia Brustolin, professora da Universidade Federal do Maranhão, traçou um breve histórico da agricultura familiar no Brasil e destacou a necessidade de promover um encontro de saberes entre os povos do campo e a academia. “A Agroecologia precisa revolucionar a ciência para que outros tipos de conhecimentos sejam legitimados”, defendeu a professora. Já o debatedor Flávio Duarte, representante da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA) no Nordeste, defendeu a construção de um modelo de desenvolvimento pautado na Agroecologia, ressaltando que a agricultura familiar deve ser vista não apenas na perspectiva da resistência, mas também do desenvolvimento e do avanço, criando entusiasmo também as gerações mais jovens. “Se nós não interagirmos com o mercado, com agregação de valor, geração de renda e possibilidade de realizarmos múltiplas atividades, nós não vamos ter condição de chamar essa juventude a se agregar num projeto como esse”, afirmou Duarte. Solenidade de abertura
O Núcleo de Estudos em Agroecologia e Produção Orgânica (NEAPO) do IFMA campus Caxias é responsável pela organização