REPARTIÇÃO DA RENDA
Os economistas marginalistas ou neoclássicos partem do pressuposto de que a cada rendimento corresponde determinado fator de produção e esses rendimentos constituem a remuneração dos titulares ou proprietários desses fatores. E que qualquer atividade produtiva se faz mediante a combinação de três destes fatores (trabalho, capital e recursos naturais).
Rendimentos Fatores
Salário Trabalho
Lucro Empresa
Juro Capital Monetário
Renda da Terra Recursos Naturais
Na teoria marginalista o mais difícil é a distinção entre lucro e juro, porque durante um longo período, lucros e juros foram mais ou menos colocados em pé de igualdade. Na posição neoclássica os juros seriam a remuneração do capital, ou seja, aquilo que ganham os capitalistas. E o trabalho de assalariar trabalhadores, arrendar a terra, pedir emprestado capital e, portanto gerir a empresa seria remunerado pelo lucro.
No entanto Keynes mostrou que o juro não é realmente a remuneração do capital propriamente dita e sim o lucro, no qual passaria adiante para o emprestador de dinheiro como um banco, um investidor ou um agiota. Então iremos nos concentrar na versão pós-Keynesiana que é a mais moderna, onde temos basicamente fatores de produção elementos necessários à produção que são propriedade particular de indivíduos livres que podem alienar ou vender o uso desses fatores fazendo jus a uma remuneração que toma a forma desses rendimentos.
Então como se reparte o produto por esses vários rendimentos? Qual é a parcela do produto em que se transforma em salário, e, portanto se transforma em remuneração do trabalho, qual é a parcela do produto que se transforma em lucros e se torna então remuneração do capital e do capitalista, qual é a parcela do produto que se transforma em juros e qual em renda da terra.
Os marginalistas tentam resolver este problema pela teoria dos rendimentos decrescentes, na combinação dos fatores, e esta combinação é dada pela tecnologia, quando se aumenta a