Expressão Corporal
Daniele Pamplona
*Relação com os textos: A invenção dos Objetos e os novos gestos, Cristiane Greine. As metáforas do corpo, na arte e na vida quotidiana, H. P. Judy Prefácio, George Latoff e Mark Johnson.
Ao pensar nesses termos já os associo ao entendendo por significado dos mesmos. Expressão corporal me traz a idéia de possibilidades diversas de expressão através do corpo. Que corpo? O meu, com suas limitações, descobertas, experiências, memórias e reações, único dotado de um discurso próprio. É a partir desse corpo que construo os movimentos tanto os do dia a dia quanto aqueles pensados e trabalhados para a cena. O corpo através da construção das metáforas cotidianas como costumes e modos culturalmente impostos, metáforas construídas através do pensamento e corporificadas tal como regras de etiqueta, se torna condicionado a formas estabelecidas e leva isso para a cena muitas vezes. Esse condicionamento faz com que o autor se acomode em suas possibilidades e não reorganize seu corpo com novas dificuldades e desafios para a criação. Se me acostumo a me abaixar daquele jeito para pegar o papel no chão, meu corpo se condiciona e na cena faço exatamente isso, sem buscar outra possibilidade de realização do mesmo gesto. Quando se fala em expressa corporal o tema parece muito amplo, mas a meu ver alguns pontos são claros: Para desenvolver e realizar essa expressão um dos caminhos é experimentar e aplicar técnicas corporais codificadas e organizadas por estudiosos para dentro delas encontrar possibilidades e técnicas, bebemos de várias fontes e vamos acoplando o que nos parece significativo. Esse “método” próprio pode desembocar em várias possibilidades. Temos aí o que Cristiane Greine fala em seu texto: o corpo máquina e o corpo-organismo. O corpo-máquina é aquele que reproduz mecanicamente e pra nós o teatro reflete no ator que faz o que é pedido, imita o que é proposto e só. Já o corpo-organismo tem