Estrutura de Repartição da Renda do Brasil
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Estrutura de Repartição da Renda no Brasil No Brasil, os coeficientes de Gini evidenciaram o já destacado processo de crescente concentração da renda. Em relação á diagonal de perfeita igualdade, as curvas de Lorenz para os dois anos extremos do período, 1960 e 1999, mostram-se respectivamente mais afastadas, definindo para o ultimo ano uma área de concentração maior do que para o primeiro. Os valores estimados para o coeficiente de Gini evoluíram de 0,500 para 0,596, aumentando seguidamente e alcançando seu grau mais alto em 1990. O crescimento econômico do período implicou progressiva heterogeneidade do mercado do trabalho, proporcionando ganhos diferenciados para os grupos mais bem preparados, basicamente em decorrência do fato de ser a oferta de mão-de-obra relativamente mais escassa à medida que aumenta o nível de sua qualificação. Supostamente, no caso do Brasil, parece haver alta correlação entre a transição para o desenvolvimento e o aumento da desigualdade na repartição individual da renda. “Deve-se todavia observar que um aumento do índice de concentração de rendas pode processar-se em duas hipóteses, numa economia em crescimento. A primeira, dramática, corresponde á descrição marxista em que os ricos ficam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. A segunda, bem mais alentadora, refere-se ao caso em que os pobres também se enriquecem, ainda que menos do que proporcionalmente aos ricos” M.H. Simonsen. Nas regiões do país em que os padrões de desenvolvimento econômico se mostram mais elevados e homogêneos, os coeficientes de Gini resultam inferiores aos das regiões de maior heterogeneidade socioeconômica e de desenvolvimento relativamente tardio. O diagrama de Lorenz definidas peças estruturas distribuitivas do Sul e do Nordeste são diferentes, sendo a última evidenciando graus de concentração superiores. Os graus de desigualdade se ampliam quando se consideram grupos de maior heterogeneidade. Para a economia brasileira como um