Religiões africanas
Os daomeoanos e os iorubas são dois povos que possuem grandes vínculos históricos e culturais com o Brasil. Os iorubas, segundo maior grupo étnico da Nigéria, na Bahia conhecidos como nagôs, são os principais influenciadores do candomblé baiano. Já os daomeanos, aqui também chamados de jejês, deram origem ao Benin moderno, sendo as suas tradições religiosas a base para os cultos do Tambor de Mina do Maranhão.
As guerras entre esses dois povos foi um fator relevante para a promoção do comércio de escravos, pois os prisioneiros de guerra que chegavam ao Brasil como escravos, eram comprados pelos traficantes em troca de quinquilharias e fuzis. Com isso, guerras nacionais de um rei contra outro rei se tornaram em guerras mercantilistas que objetivavam o lucro através do comércio de escravos.
Em Uidá, Benin, ficava um dos principais portos dedicados ao comércio de escravos. Próximo ao local do embarque, todo escravo que iria embarcar, deveria dar voltas em torno de uma árvore denominada árvore do esquecimento. Com esse rito, acreditava-se que os escravos esqueceriam suas origens, identidade, cultura e passado, não reagindo e nem se rebelando. Porém, a nossa história e cultura são prova de que o povo africano trouxe muito mais do que músculos para o trabalho. Trouxeram suas tradições, suas crenças, ritmos, palavras e conhecimentos que estão enraizados na cultura do nosso país, apesar do não reconhecimento.
Nesse processo, houve a troca de tradições entre os brasileiros e os africanos. Sendo as religiões Afro-brasileiras o principal vínculo da mistura dessas culturas. Os agudá levaram a cultura do Brasil para a África, descendes dos antigos traficantes baianos e dos escravos que retornaram, tiveram importância relevante para a dinâmica da economia em Benin, se destacando na arquitetura e levando festas tradicionais do Brasil, com a festa do Bonfim, para a África. Apesar das diferenças em relação aos