religioes africanas
Com a vinda dos povos africanos ao Brasil - aqui vendidos como mercadoria destinada à escravidão - veio também sua milenar cultura e formas de cultuar Deus e outras entidades transcendentes. Não se trata, portanto, de uma cultura e religiosidade qualquer: quando falamos da África, precisamos ter em conta de que aquele continente vem a ser o berço da raça humana e, por conseguinte é, igualmente, um importante polo cultural onde se desenvolveram as primeiras grandes religiões do mundo, o culto aos ancestrais, os Orixás.
A diversidade nominal das religiões de matriz africana deve-se, em parte, às diferentes nações que deram origem ao povo africano no Brasil. Destacam-se as nações Keto, Angola e Banto.
Um Deus, diversas divindades.
As religiões de matriz africana, ao contrário do que se poderia imaginar, não são religiões politeístas. São monoteístas. Conforme a tradição Yorubá, Olodumaré (ou Olorum) é o nome do único Deus Supremo, o Senhor absoluto sobre o que há no céu e na terra. Olodumaré é Único, Criador, Rei, Onipotente, Transcendente, Juiz e Eterno. Não recebem cultos e oferendas diretamente. Mas sempre que um africanista invoca uma divindade, a oração inicia por Axé (se Deus puder aceitar esta minha oração).
As divindades que recebem cultos e oferendas são os Orixás. São figuras divinizadas a serviço do governo do mundo. Algumas destas, ao lado de Olodumaré, participaram da criação do mundo (Oxalá, Oxum e