RELIGIÃO E MITOLOGIA ROMANA- BACO E AS BACANAIS
RELIGIÃO ROMANA: A religião romana é de cunho politeísta, ou seja, eles cultuavam diversas divindades. Outras características são o culto aos antepassados e a prática do sacrifício, na qual predominava a máxima do do ut des, em que os rituais, os cultos, eram realizados visando receber bênçãos, favores dos deuses. Para os romanos, havia um deus responsável por cada momento da vida; um para o parto, um para os primeiros passos, um para o casamento, entre outros aspectos da vida cotidiana. Segundo Brandão (2008), “trata-se, no fundo, de uma religião cronométrica, que busca sacralizar o quotidiano e quotidianizar o sagrado.”. Contudo, vale a pena ressaltar que embora sejam muitos e frequentes os cultos aos deuses, os romanos não se preocupavam muito com questões abstratas e nem honrar aos deuses- vê-se tal situação nas obras de literatura, nas quais, ás vezes, os deuses são zombados, escarnados. Na verdade, como já mencionado, a máxima latina é o do ut des, isto é, “dou para que dês”.
Em conclusão, o romano invocava os deuses não propriamente para honrá-los, mas para conciliá-los e captar- lhes a benevolência; não para obedecer- lhes à vontade, mas para fazer deles um instrumento útil de sua prosperidade pessoal, familiar e estatal. (BRANDÃO, 2008) No que diz respeito aos cultos, dividiam- se em privados e públicos. Os privados consistiam, basicamente, em honrar aos ancestrais falecidos. Tais rituais contavam com um Pater famílias, que era o sacerdote. A gens tinha um Lar familiaris, que era o fundador da família, logo, aquele que protegia a casa. Os cultos públicos também podem ser chamados sacra publica ou pro populo. Nestes a atenção é voltada ao Estado e, no mais, eram bastante semelhantes aos cultos domésticos. Aconteciam no