religião epicuro
Epicuro que argumenta contra a existência de um deus que seja ao mesmo tempo onisciente, onipotente e benevolente.
Epicuro não era um ateu, apenas rejeitava a ideia de um deus preocupado com os assuntos humanos. Tanto o mestre quanto os seguidores do Epicurismo negavam a ideia de que não existia nenhum deus. Enquanto a concepção do deus supremo, feliz e abençoado era a mais popular, Epicuro rejeitava tal noção por considerar um fardo demasiado pesado ter de preocupar-se com todos os problemas do mundo. Por isto, os deuses não teriam nenhuma afeição especial pelos seres humanos, sequer saberiam de sua existência, servindo apenas como ideais morais dos quais a humanidade poderia tentar aproximar-se.2 Era justamente através da observação do problema do mal, ou seja, da presença do sofrimento na terra que Epicuro chegava à conclusão de que os deuses não poderiam estar preocupados com o bem estar da humanidade.
Kant
Para Kant, "[a] religião verdadeira compreende apenas leis, ou seja, estes princípios práticos de cuja necessidade incondicional podemos nos tornar conscientes e que, a partir de então, reconhecemos como revelados através da razão pura (não experimentalmente)." À "religião verdadeira" ele contrapõe a "ilusão religiosa", que consiste em considerar a observância de leis "estatutárias" - ou seja, que não podem ser descobertas pela razão, não sendo portanto aplicáveis a toda a humanidade como deveria ser uma religião verdadeira - tão importante quanto a observância das leis morais universais. Esta "ilusão" é "religiosa" visto que para ele "[r]eligião é o reconhecimento (subjetivo) de todos os deveres como ordens divinas".
O caminho natural da religião seria, para ele, o da progressiva purificação rumo a um Reino de Deus. Neste afã de purificação, aos poucos as leis estatutárias seriam deixadas progressivamente de lado, com sua importância diminuindo cada vez mais até ser alcançado o reconhecimento da necessidade única da moral, do chamado