Religiao

CULTURA SURDA Dentre as diversas teorias existentes e conceitos sobre cultura, escolhemos os estudos culturais como o que melhor se identifica com a nossa temática. Essa escolha também se deve porque no Brasil, os dois grandes centros de estudo sobre surdez, o NUPPES (Núcleo de Pesquisas em Políticas Educacionais para Surdos) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e o GES (Grupo de Estudos Surdos) da Universidade Federal de Santa Catarina se baseiam nesse campo teórico em suas pesquisas. Então, no campo dos Estudos Culturais, a cultura é uma ferramenta de transformação, de percepção, uma forma de ver diferente, não mais de homogeneidade, mais de vida social constitutiva de jeitos de ser, de fazer, de compreender e de explicar. Agora que entendemos o que é cultura e qual caminho teórico nos propomos estudar a pessoa surda, vamos então a cultura surda de fato. Strobel (2008) diz que esses questionamentos ocorrem porque as pessoas não conhecem como é o mundo dos surdos e fazem suposições errôneas acerca das pessoas surdas. Lane (1992) explica que é comum as pessoas deduzirem que os surdos vivem isolados e que para se integrar é preciso adquirir a cultura ouvinte, isto é, para viver “normal” é preciso ouvir e falar. Também é muito comum as pessoas zombarem das pessoas surdas por serem diferentes. Há também o discurso social que veem os sujeitos surdos como incapazes e deficientes. Cultura surda é, segundo Strobel (2008), o jeito do sujeito surdo entender o mundo e de modifica-lo a fim de torna-lo acessível e habitável ajustando-os com as suas percepções visuais, que contribuem para a definição das identidades surdas e das “almas” das comunidades surdas. Isto significa que abrange a língua, as ideias, as crenças, os costumes e os hábitos do povo surdo. Strobel (2008) diz que são os artefatos culturais, que são as peculiaridades da cultura surda. Com base nele os principais artefatos da cultura surda são: * Experiência Visual O primeiro artefato