Religiao

5093 palavras 21 páginas
A justificação do juízo estético: subjectivismo estético e objectivismo estético Quando uma pessoa afirma que algo é belo, que tipo de razões apresenta para justificar o que afirma? O que nos faz dizer que algo é belo? Na verdade, este não é um problema que ocupe apenas os filósofos. Ouvimos muitas vezes uma pessoa dizer que algo é belo (ou feio) e, surpreendidos, queremos saber porquê.
Por que razão algumas pessoas acham bonitas as canções do Tony Carreira e outras não? Será que as pessoas estão todas a falar da mesma coisa quando usam a palavra «belo»? Será que todas as opiniões acerca do que é ou não é belo são correctas? Será que quando afirmamos que uma pintura é bela estamos a referir algo que está realmente na pintura, ou é apenas uma maneira de manifestar os nossos sentimentos ao ver a pintura? Entre os filósofos, este é conhecido como o problema da justificação do juízo estético. Em termos mais populares costuma-se formular através da seguinte pergunta:
A beleza está nas coisas ou nos olhos de quem a vê? Há duas teorias rivais que procuram responder a esse problema: o subjectivismo estético e o objectivismo estético.
Subjectivismo estético Para simplificar, pensemos apenas no caso particular do chamado «juízo do belo» – um dos vários juízos estéticos. O subjectivismo estético é a perspectiva acerca da justificação do juízo estético que defende basicamente que a beleza resulta do que sentimos quando observamos as coisas; ou seja, a beleza está nos olhos de quem a vê. * O subjectivismo estético defende que os objectos são belos em virtude do que sentimos quando os percepcionamos. * Percepcionar um objecto é obter informação dele através dos sentidos. Achar algo bonito ou feio é, segundo esta teoria, uma questão de gostos ou preferências pessoais. Um dos heterónimos de Fernando Pessoa resume bem esta perspectiva nos seguintes versos:
A beleza é o nome de qualquer coisa que não existe,
Que eu dou às coisas em troca do agrado que

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