relevo segundo jurandyr ross
Tendo participado do Projeto Radam e levado em consideração a classificação de Ab'Saber, Jurandyr Ross propôs uma divisão do relevo do Brasil tão detalhada quanto os novos conhecimentos adquiridos sobre o território brasileiro nos dois primeiros projetos. Por isso ela é mais complexa que as anteriores. Sua proposta é importante porque resulta de um trabalho realizado com o uso de técnicas modernas, que permitem saber com mais conhecimento como é formado o relevo brasileiro. Esse conhecimento é fundamental para vários projetos (exploração de recursos minerais, agricultura) desenvolvidos no país.
Ross aprofundou o critério morfoclimático da classificação de Ab'Saber, que passou a fazer parte de um conjunto de outros fatores, como a estrutura geológica e a ação dos agentes externos do relevo, passados e presentes. Esta terceira classificação considera também o nível altimétrico, já utilizado pelo professor Aroldo de Azevedo, embora as cotas de altitude sejam diferentes das anteriores.
Desse modo, a classificação de Jurandyr Ross está baseada em três maneiras diferentes de explicar as formas de relevo: morfoestrutural: leva em conta a estrutura geológica; morfoclimática: considera o clima e o relevo; morfoescultural: considera a ação de agentes externos.
Cada um desses critérios criou um "grupo" diferente de formas de relevo, ou três níveis, que foram chamados de táxons e obedecem a uma hierarquia.
1º táxon: Considera a forma de relevo que se destaca em determinada área — planalto, planície e depressão.
2º táxon: Leva em consideração a estrutura geológica onde os planaltos foram modelados — bacias sedimentares, núcleos cristalinos arqueados, cinturões orogênicos e coberturas sedimentares sobre o embasamento cristalino.
3º táxon: Considera as unidades morfoesculturais, formada tanto por planícies como por planaltos e depressões, usando nomes locais e regionais.
O relevo de determinada região depende de sua estrutura morfológica.