Relações internacionais - graduação
FACULDADE DE HISTÓRIA, DIREITO E SERVIÇO SOCIAL
Introdução às Relações Internacionais
ARON, Raymond. Estudos Políticos, Editora Unb, Brasília, 2ª Edição. p.375-396.
Raymond Aron, nascido em Paris aos 14 dias de março do ano de 1905, era um filosofo, sociólogo e comentarista político. Doutor em filosofia pela École Normale Supérieure, Aron escreveu diversas obras dentre as quais vale citar O Ópio dos intelectuais e Paz e Guerra: Uma teoria das Relações Internacionais. Lecionou na Universidade de Toulouse e depois de deixar o trabalho pela força aérea francesa só voltou ao meio acadêmico na École Nationale d’Administration após a guerra. Falece em 17 de Outubro de 1983. Para Aron, o ponto de partida para a construção do conhecimento sobre a teoria das relações internacionais é entender o que é uma teoria. Para tanto, exemplifica-se que este termo tem duas origens: uma filosófica (do conhecimento contemplativo, maior enfoque na teoria em detrimento da prática) e uma origem das teorias autenticamente científicas. Aron se atém à segunda opção e exemplifica-a a partir da economia política, ponderando que esta seria, com exceção da lingüística, aquela com maior elaboração teórica das ciências sociais. A economia pura, à Walras e Pareto, representa essa origem. Walras e Pareto perceberam, porém, que essa economia seria uma representação simplificada do real, onde as pessoas que dela participam e, por conseguinte, o comportamento dessas pessoas são determinados pelo economista, visando seus objetivos. Sendo assim, Aron pondera que: “a verdade é que a teoria pura pressupõe um sistema definido (econômico) dentro de um sistema indefinido (a sociedade global) e a postulação de um ator fictício (o homo oeconomicus), muito diferente dos atores reais”. “Os progressos da ciência econômica resultam de uma dialética incessante entre o teórico e o empírico1”. A verdade é que a teoria pura de