Relações humanas
1. Introdução
Durante muitos anos a PMMG manteve um padrão de aquartelamento, ou seja, suas ações eram voltadas para treinamentos de infantaria. A PMMG tinha um status de “Exército Estadual”.
Somente no final da década de 1940 e nos anos de 1950, a Polícia Militar de Minas Gerais se lançaria às experiências do policiamento nas ruas de Belo Horizonte. Naquela época a PM se preocupava apenas com ações repressivas aos crimes e criminosos. Os políticos locais exerciam grande influência sobre a polícia, que dependia deles para quase tudo. Aquela época foi caracterizada por grande corrupção por parte da polícia, devido à proximidade com a sociedade, e muita brutalidade praticada pelos policiais.
Com o passar dos tempos, a sociedade evoluiu, e junto com ela, a Polícia Militar. A instituição percebeu que somente repressão não resolve os problemas da sociedade. Também é preciso prevenção, educação e interação junto a esta. A PM percebeu que seus verdadeiros clientes não eram os criminosos, e sim as pessoas de bem. Somente elas conhecem seus verdadeiros anseios, seus problemas, e somente elas podem apresentar as soluções.
Focada nessa nova filosofia, a PM buscou aproximar-se mais da população de bem, que representa 98 % (noventa e oito por cento) da população total. Para tal, foi primordial o desenvolvimento das relações humanas internamente na Instituição, bem como as relações entre a Instituição e a população. Um dos meios utilizados foi a implantação do projeto Polícia e Família, que tem nas relações humanas uma ferramenta importante, sendo que tal parceria será estudada a seguir.
2. Desenvolvimento
2.1 O Projeto Polícia e Família
A polícia percebeu que fortalecendo os laços de família, seria possível uma estabilidade social, e os membros dessa família estariam menos propensos à violência, à desordem e à criminalidade. Outra vantagem de estreitar os vínculos com a família é a obtenção da