Relações de poder e formação de redes
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RELAÇÕES DE PODER E FORMAÇÃO DE REDES Alfredo Cordella John Kenneth Galbraith (Anatomia do Poder, Editora Pioneira, 1986) discute três fontes ou origens de poder que são suficientemente convergentes com as redes de cooperação que aprimoram a sociedade humana. 1-) A personalidade dos atores, é com certeza o alicerce do poder das redes de cooperação. Criatividade, carisma, tenacidade, rebeldia, audácia, inconformismo somam forças que forjam a personalidade coletiva como poder da rede. 2-) A propriedade é a fonte seguinte de poder na visão de Galbraith. É necessário que o grupo, estimulado pela necessidade de otimizar mudanças se aproprie de recursos, ainda que de forma temporária, tais como: capital intelectual, capital relacional, capital econômico, capital motivacional.... 3-) A organização sem desmerecer as componentes supra citadas esta é sem dúvida a mais importante fonte de poder. Sem este quesito, as duas outras fontes podem se esgarçar e não gerar os resultados desejados. Várias tentativas de provocar mudanças situacionais, através das redes de cooperação não lograram êxito porque o vetor-força da componente organização não foi suficientemente mobilizado no sistema social. Grupos de cidadãos, ONGs, e empresas precisam investir atenção especial aos recursos organizacionais no processo de formação de redes de cooperação, sob risco de desperdiçar o potencial do coletivo no processo de aprimoramento social. O combate ao crime organizado segundo diversos agentes e tomadores de decisões na área de segurança, por exemplo, só se faz organizando a atividade policial, não somente em termos de equipagem, mas na logística das ações e no uso de informação sistematizada, como recurso essencial de inteligência para desmontar a criminalidade. É o poder negativo das organizações criminais sendo esvaziado pelo poder da organização policial. É o enfrentamento simétrico de fontes de poder que tem origem na organização. São abundantes