RESENHA REDES CLIENTELARES
HESPANHA, António M.; XAVIER, Ângela B. “As Redes Clienteares”. In: MATTOSO, José (Org). História de Portugal. V. 4. Lisboa: Editorial Estampa. 1998, p. 381-393.
António Manuel Hespanha N. Coimbra, 1945. Professor Catedrático da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, Investigador Honorário do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Professor ou investigador visitante em várias instituições universitárias portuguesas e estrangeiras.
Ângela Barreto Xavier é Investigadora Auxiliar do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Doutorada em História e Civilização pelo Instituto Universitário Europeu, de Florença, é mestre em História Política e Social e licenciada em História e História da Arte pela Universidade Nova de Lisboa. As suas áreas de interesse incluem a história das ideias políticas e a história cultural dos impérios da época moderna, aí privilegiando as inter-relações entre religião, saber e poder, bem como as geopolíticas culturais.
Os autores Xavier e Hespanha no texto “As redes clientelares” começam dizendo que a pluralidade de relações sociais e sua expressão sob varias formas, requer uma reflexão sobre a “economia moral” do dom na época moderna. Eles falam sobre o universo jurídico e também que outras ordens morais partilhara deste universo e que haviam outras formas de ordenação que “subjaziam, estruturavam e condicionavam os instrumentos e aparelhos visíveis de imposição da autoridade juridicamente definida” (381). O universo normativo do Antigo Regime era complexo e sistemático. Estas ordens eram estruturantes e condicionavam as representações e práticas sociais. As relações institucionais e jurídicas segundo análise dos autores se misturavam e coexistiam com outras