Relações comercias Brasileiras
Eduardo V.M.Villela*
Resumo: AS RELAÇÕES COMERCIAIS ENTRE BRASIL E CHINA desenvolvem-se rapidamente. De
2002 para 2003, o fluxo comercial saltou de US$ 4 bilhões para US$ 6.7 bilhões, ambos os valores aproximados, ou seja, uma elevação de 65%. Este artigo tem dois grandes objetivos. Primeiro, abordar de forma sucinta o comércio sino-brasileiro em anos recentes. Segundo, pesquisar o mercado chinês, a fim de descobrir potencialidades de mercado para o Brasil ampliar e diversificar as suas exportações à
China. O trabalho baseia-se em pesquisa bibliográfica e entrevistas com pessoas conhecedoras do comércio sino-brasileiro. Da análise de informações sobre o intercâmbio comercial dos últimos anos, coletadas da base de dados do Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior do Brasil
(MDIC), constata-se que há um desequilíbrio quanto à natureza qualitativa da pauta de exportações dos países: as vendas externas do Brasil à China são, em sua grande maioria, de produtos de baixo valor agregado (matéria primas e semimanufaturados); por outro lado, a China exporta ao Brasil, principalmente, manufaturados. Quanto a possibilidades de mercado para os bens brasileiros na China, por meio da análise de quatro necessidades vitais à continuidade do crescimento econômico chinês, construiu-se uma lista de produtos e serviços brasileiros factíveis de serem exportados a ela. Conclui-se o trabalho com a crença de que o comércio bilateral pode vir a se aprofundar consideravelmente.
Palavras-chave: Relações Comerciais Internacionais; Pesquisa de Mercado.
1- Brasil e China: muitas coisas em comum
Observando o Brasil e a China, ou outras sociedades orientais, parece ser difícil fazer uma comparação entre esses países com o Brasil. Pode-se imaginar que se tratam de países completamente