Relações Angola e Brasil
As relações entre o Brasil e Angola foram iniciadas no período do Brasil Colônia, onde aos primeiros africanos trazidos na condição de escravos vieram daquele país. Angola participou de forma intensa na formação do povo brasileiro.
O Brasil atuou como primeiro país a reconhecer a independência de Angola; segundo Amado Cervo, no início dos debates sobre a questão angola na plenária da ONU, a delegação brasileira se posicionou pelo anticolonialismo, mas, sobretudo, “pelos seus laços históricos, culturais e de amizade que o ligavam a Portugal”. O Brasil estava preocupado em ter uma solução pacífica e rápida que harmonizasse os interesses de ambas as partes e que mantivesse os “elementos culturais e humanos que são característicos da presença portuguesa na África”.
O Brasil tomou uma decisão importante a favor de Angola, condenando as agressões perpetuadas pela África do Sul contra aquele país, na década de 1980. As relações, então, evoluíram de forma positiva e com um caráter mais intenso até o inicio dos anos 90. Durante esse período, a cooperação entre os dois países se deu através da criação da linha de crédito do Brasil para Angola, do estabelecimento de acordos de cooperação na área técnico-científica, da criação da Comissão Mista Brasil Angola, e da participação da Braspetro (Empresa da Petrobras), na prospecção e exploração de petróleo em Angola. Também foram estabelecidos acordos de comércio compensado em que o petróleo angolano seria trocado por serviços brasileiros.
O Brasil tem se beneficiado do crescimento econômico angolano. Angola foi classificada como o 47º parceiro comercial, com um intercâmbio comercial de US$ 456 milhões (2011), sendo o 23º destino das exportações brasileiras, anteriormente ocupando a 52º colocação no ranking.
Além disso, Angola tem dado muito valor às influências e ao apoio comercial que o Brasil tem sobre sua economia. O presidente eleito nas primeiras eleições após a guerra civil, José Eduardo dos