relação sociedade e natureza
Marx parte da prática social em contraposição à contemplação da realidade. A adaptação do homem ao meio ambiente e sua relação primordial com o mesmo são consideradas por Marx, a partir da práxis, da ação humana, o ponto de partida para qualquer investigação filosófica ou científica e de toda transformação do mundo. Em Marx, portanto, a consciência perde o caráter autônomo e passa a ser um atributo da existência social.
A objetividade e a exterioridade são mostradas pela relação entre homem e natureza. Marx reconhece nessa relação às determinações do homem que age sensivelmente e produz seu mundo. É no cerne da atividade sensível, do trabalho, que Marx examina a relação entre sociedade e natureza. A necessidade do trabalho, de trabalhar a natureza, de transformá-la segundo suas carências e necessidades, não faz dela uma exterioridade que deva ser suprimida, a qual, uma vez superada, conduziria à autoconsciência, ao espírito absoluto. O homem não surge de uma base outra que não seja a natureza. Ele não aparece da ideia, da consciência, mas de um processo histórico-espacial, em que os sujeitos se instauram a partir de suas relações com a natureza e entre