Relação entre a água e os níveis de renda
Na estimativa da vazão de demanda para implantação ou, mais usualmente, ampliação dos sistemas de abastecimento de água visando a elevar o espectro da população abastecida, torna-se crucial uma estimativa acurada do consumo residencial per capita. Dentre os principais fatores intervenientes no consumo domiciliar comumente elencados na literatura técnica – clima, percentual de hidrometração, valor da tarifa, pressões dinâmicas e estáticas na rede de distribuição, qualidade da água, entre outros –, as características socioeconômicas da população abastecida parecem adquirir papel de relevo.
De forma geral, verifica-se maior consumo per capita de água nos países de maior Produto Interno Bruto (PIB). Dados do Banco Mundial testificam essa afirmativa ao apontarem para consumos per capita médios de 305 e 215 L/hab.dia para os países de renda alta e média, respectivamente. As análises efetuadas permitem afirmar que o consumo de água está intimamente ligado às condições socioeconômicas da população abastecida e, por conseguinte, seu poder aquisitivo em relação ao insumo “água tratada”. Essa correlação contempla as condições socioeconômicas da população abastecida e a política tarifária praticada pela concessionária responsável pelo abastecimento de água. Tal assertiva evidencia-se pela distribuição espacial e pela dispersão dos consumos residenciais de água em relação às características socioeconômicas de cada um dos seis distritos.
No caso dos países em desenvolvimento, onde os recursos e investimentos são sempre limitados, autores, como Vairavamoorthy e Mansoor (2006), defendem que estes devem priorizar a adoção de medidas de conservação da água, associadas a um bom planejamento.
Muitos pesquisadores defendem a necessidade de