1. 1 ÁREA DE ESTUDO: A BACIA DE EDUCANDOS
Desde a implantação da Zona Franca, em 1967, iniciou-se em Manaus um novo ciclo econômico, com a consolidação de um setor terciário baseado na comercialização de produtos importados e na instalação de um grande parque industrial. Estas atividades aqueceram a economia local e geraram milhares de empregos e postos de trabalho, diretos e indiretos. A cidade deixou de ser um “porto de lenha”, como muitos não acreditavam para transformar-se em um importante polo de industrialização (ELETRONORTE, 2000).
Isto proporcionou, nos últimos trinta anos, a atração de um grande fluxo migratório do interior do estado, do Nordeste e de diferentes regiões do país. Em consequência, a população de Manaus cresceu mais de 500%, saltando de 300 mil habitantes, na década de 1970, para cerca de 1 milhão e 400 mil habitantes, na virada do século XXI. Neste período, observou-se um relaxamento no cumprimento das normas urbanísticas previstas no Plano de Desenvolvimento Local Integrado (PDLI), e em sua legislação complementar, em vigor desde meados da década de 1990 (IMPLAN, 1996). Este plano desempenhou um papel importante apenas nos primeiros anos do processo de expansão urbana que se seguiram à instalação da Zona Franca e do Distrito Industrial. Entretanto a ausência de planejamento urbano continuado e a perda do controle do crescimento da cidade acabaram por determinar a ocorrência de vários problemas ambientais em Manaus. A deficiência dos sistemas de esgoto sanitário de Manaus se deve não apenas ao processo de crescimento intenso e desordenado da cidade, como a ausência de investimentos na manutenção e expansão das redes coletoras e unidades de tratamento nas ultimas décadas. A precariedade da situação pode ser medida pelo fato de que a empresa privada que assumiu a concessão dos serviços, Águas do Amazonas, antes de responsabilidade de empresa publicam estaduais, não dispõe de cadastro completo do sistema de esgoto existente. Assumindo a própria empresa