Relação entre a canção disparada e a educação

“Gado, a tange, fere e mata...mas com gente é diferente”: relações entre a canção disparada e a educação.

Quando falamos educação uma das questões que nos vem à mente é a questão da autonomia do sujeito.

Filósofos iluministas do século XVII já preconizavam que o ser humano deve conduzir pela razão. Buscando sempre seu auto-esclarecimento. Imanuel Kant filósofo da corrente iluminista dizia em suas Lições de Pedagogia que o ser humano só se torna humanizado a partir da disciplina e da educação.

A partir desta noção podemos relacionar a canção citada com a educação, quando se diz: Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei. Há aqui uma evolução proporcionada pela educação. O auto-esclarecimento proposto pelos iluminista, a disciplina, a educação humaniza o ser humano, pois humanos nascemos todos humanizados morremos poucos!

O processo do ser humano quando educado é deixar de ser massa de manobra e pensar seu processo de humanização deixando assim de ser alienado, caminhar ao lado da boiada e ver além.

Não somente a luz da razão, mas também em sua relação com a face do outro, como propôs outro filósofo Emmanuel Lévinas, o rosto do outro com ética primeira pode proporcionar a capacidade de libertação, de educação e de emancipação. Pois com gente se age diferente. O ser humano torna-se um ser relacional e assim tende a humanizar-se e educar-se para ser sujeito da história e não simples massa de manobra. Colocando-se assim como diria o pensador renascentista Picollo de La Mirândola, em seu discurso sobre a dignidade do ser humano:

O homem é superior a todas as outras criaturas do mundo. Como o homem foi o último a ser criado Deus o fez com a característica das diversas outras criações divinas. Por sermos livres temos a escolha de corromper-nos e baixarmos ao nível irracional dos animais ou de nos reconstruir seguindo a imagem divina. A reconstrução do homem é o seu renascimento, a sua reforma. O caminho para alcançarmos o renascimento passa pelas