Relação entre Proteinúria/Creatinúria associados à pré-eclâmpsia
A pré-eclâmpsia (PE) é uma síndrome multifatorial complexa e considerada um dos mais significantes problemas de saúde em gestantes, ocorrendo principalmente em primigestas, após a vigésima semana e, mais frequentemente, próximo ao seu término. Pode levar à restrição do crescimento fetal, prematuridade e, em casos mais graves, morte da mãe e do feto 1,2.
Em países desenvolvidos a PE é vista em cerca de 6% das gestantes, sendo duas ou três vezes maior em países subdesenvolvidos, cuja incidência encontra-se entre 5 a 7 % das gestações em todo o mundo. A falta de assistência nas pacientes com PE ou a sua evolução desfavorável pode levar ao óbito, o que faz dessa doença a maior responsável pela mortalidade materna nos países da América Latina e Caribe, incluindo o Brasil 2,3,4,5,6,7.
A partir de dados do Sistema Único de Saúde (SUS, 2008), é possível afirmar que, no Brasil, cerca de três gestantes morrem por dia devido às complicações da doença. Mas é preciso ter em mente que as mulheres morrem muito mais por PE do que por eclâmpsia. Essa afirmação salienta a importância do diagnóstico precoce e adequada condução dos casos de PE desde o início de sua manifestação e, até mesmo, antes da instalação de sua forma clínica, o que seria o ideal 5.
Segundo os critérios estabelecidos pelo National Blood Pressure Education Program Working Group (NBPEPWG, 2000), a PE pode ser clinicamente caracterizada de acordo com a gravidade das manifestações da doença em leve e grave. Essa classificação tem sido amplamente utilizada por basear-se em critérios clínicos objetivos, refletindo seu prognóstico e orientando a condução da gestação que se acompanha de PE. Outros estudos sugerem a classificação em tardia, quando as pacientes apresentam início depois de 34 semanas de gestação; precoce, quando as mesmas apresentam início antes de 34 semanas, sendo esta última menos frequente e associando-se à forma clinicamente mais grave 2,3,4,6,7,8,9.
O diagnóstico da PE é