Gestação de alto risco
Profa. Ilse M. Kunzler
GESTAÇÃO DE ALTO RISCO
Conceito: Segundo Caldeiro-Barcia, a gestação de alto risco é aquela em que a vida e a saúde da mãe e/ou do feto e/ou recém-nascido, tem maiores chances de serem atingidas que as da média da população considerada (BRASIL, 2000)
Esta visão no contexto saúde-doença fundamenta-se no fato de que nem todas as gestantes tem a mesma probabilidade de adoecer ou morrer, sendo maior para umas que para outras, denominando-se, segundo o Ministério da Saúde, de enfoque de risco.
A gestação é um fenômeno fisiológico e, por isso mesmo, sua evolução se dá , na grande maioria dos casos, sem intercorrências. Porém, uma parcela das gestações que, por terem características específicas, ou por sofrerem algum agravo, apresentam maiores probabilidades de evolução desfavorável, tanto para a mãe como para o feto. São as chamadas gestações de alto risco, que, conforme estatísticas, somam em torno de 10 a 15 % do total de gestações (FREITAS, 2002).
Um aspecto importante de ser lembrado, é que já existe, durante a gestação, um desafio de adaptação emocional que se manifesta através da ansiedade, que é causada pela ambivalência, negação, medo, introspecção (LOWDERMILK, 2002).
Na gestação de alto risco as adaptações emocionais podem ter características individuais, a começar pelo rótulo “Alto Risco”, portanto, diferente das demais. Devemos levar em conta, também, neste emocional, a hospitalização, as reações do parceiro e da família, bem como o papel da equipe assistencial sob a ótica da paciente.
O cuidado na gestação de alto-risco:
Partindo das referências à gestação de alto risco, é necessário nos remetermos à prática do cuidado com estas mulheres:
Segundo Waldow (2001) quando se fala em cuidado de enfermagem, em geral, associa-se à idéia de execução de algum procedimento, listas de ações denominadas normalmente de cuidados de enfermagem, onde os planos