Relação entre indícios de disgrafia funcional e desempenho acadêmico
Maria José Martins Gomes de Castro: pedagoga/psicopedagoga e aluna concluinte do Curso de Especialização em Neuropsicologia Aplicada à Neurologia Infantil da FCM, UNICAMP, Campinas, SP;
Sylvia Maria Ciasca: neuropsicóloga; professora Livre Docente da Disciplina de Neurologia Infantil; Coordenadora do Laboratório de Distúrbio, Dificuldade de Aprendizagem e Transtorno de Atenção da FCM, UNICAMP, Campinas, SP.
Artigo publicado pela Rev. CEFAC, em 2009 Abr-Jun; 11 (2): 221-227
Relação entre indícios de disgrafia funcional e desempenho acadêmico
Trata-se de um artigo sobre um estudo cujo objetivo era avaliar a relação entre sinais indicativos de disgrafia e desempenho acadêmico de alunos da 3° serie do Ensino Fundamental de uma escola pública em São Paulo, onde 21 desses alunos tinham nove anos e quatro alunos tinham dez anos.
Para a avaliação de indícios de disgrafia foi usado a Escala de Disgrafia de Lorenzini, que analisa os aspectos da grafia, já na avaliação de desempenho acadêmico foi utilizado o TDE (Teste de Desempenho Escolar) onde são feitos três subtestes (escrita, aritmética e leitura), para analisar o desempenho das crianças.
Como as dificuldades ocorridas no teste de seis crianças consideradas disgráficas, que tiveram desempenho inferior em escrita e aritmética, também foram encontradas em crianças não disgráficas, a relação entre esse distúrbio de aprendizagem e desempenho acadêmico não foi estabelecida, já que a diferença nos resultados dos dois grupos de crianças não foi significativa.
Então, acredito que para haver um resultado mais significativo, o envolvimento de profissionais de diferentes áreas é realmente preponderante, e o nível sócio-econômico deve ser levado em consideração