Relação entre Durkhein e Le Bon
Objetivo
O trabalho a seguir é uma tentativa de ligar as ideias de estudiosos que abordaram a questão do individuo num contexto social, utilizando para este fim os autores Émilie Durkheim e Gustave Le Bon.
1. Émilie Durkheim
Nosso ponto de partida será Durkheim, um sociólogo que viveu entre os anos 1858 e 1917 utilizarão dele o conceito de fato social, que pode ser definido por: qualquer ação do individuo que obedeça a três principais características: exterioridade, generalidade e coercitividade.
Quanto a característica de exterioridade podemos entender que os fatos sociais são independentes dos indivíduos (apesar de manifestarem-se nele), isso significa dizer que são anteriores ao nascimento e continuam existindo apesar da morte de um ou até mesmo um grupo de indivíduos. Pela segunda o fato social é geral, pois ele se expressa em um grupo de indivíduos não sendo assim algo idiossincrático. A última característica, o fato social é coercitivo, pois ele exerce influência sobre as decisões individuais, isso é, age sobre o individuo. Neste ponto Durkheim nos também nos oferece as ideias de consciência social e consciência individual, dizendo que a primeira exerce influência na segunda.
Compreendendo o que é resumidamente o Fato Social, podemos agora falar sobre o modo como Durkheim coloca a questão da relação entre o individual e o social. Para Durkheim o social não é apenas a soma dos indivíduos, mas sim as relações entre eles e as instituições (religião, política, ética, etc.), esse mesmo social detém uma primazia sobre o individuo, atuando sempre com uma força externa e coercitiva sobre ele, muitas vezes esta influência não se da por regras explícitas, mas sim por uma questão implícita, e os indivíduos ora temem a punição (não jurídica, mas social) ora nem sequer se questionam sobre seu modo de agir.
A partir de escritos como "O Suicídio"