Relação entre direito e justiça
A relação entre direito e justiça é extremamente necessária e de mesma forma pode ser conflituosa. O Direito objetiva organizar a vida do homem em sociedade determinando os atos que estes devem praticar e os atos dos quais devem se abster, ou seja, estabelece um sistema de normas que regulam o comportamento humano.
A dificuldade de se estabelecer uma relação “perfeita” entre direito e justiça consiste no fato de que existem inúmeras acepções para a categoria justiça. O que uma pessoa pode considerar justo, para outra pode não ser, é injusto. Assim diz-se que além do direito positivo, existe um direito alternativo que consiste na idéia de que há um direito não criado pelo Estado, mas no meio social, que regula da mesma forma, coercitivamente, a conduta humana. Para esta concepção, a sociedade, em sua marcha histórica, desenvolve formas distintas de soluções de conflitos, o que cria concepções diferenciadas de justiça. Mas ainda assim a justiça se relaciona com as mais diversas formas de manifestação de direito.
A palavra justiça por si só já vem vinculada ao direito. Entende-se justiça como algo que está em conformidade com o que é direito, com o que é justo, um princípio moral pelo qual o respeito ao direito é observado.
Como o Direito pode ser visto como uma ordem normativa da conduta humana, diante da ocorrência de fatos que, valorados pela sociedade, não são queridos por esta, surge a necessidade de determinar quais fatos são permitidos e quais são proibidos. E quando há a ocorrência de um fato que não é querido, aceito pela sociedade aplica-se uma sanção ao fato que transgrediu a lei e aos valores considerados proibidos,tentando assim fazer justiça à quem sofreu com a transgressão do fato, portanto podemos afirmar que o Direito não é justo, mas uma tentativa de ser justo.
Assim o Direito Positivo sempre pode contrariar algum mandamento de justiça, e nem por isso deixa de ser válido. Validade e justiça de uma norma