O que dr. house ensina sobre liderança (e o que não fazer)
Fonte: revista Exame
Para especialistas em gestão, o médico mais rabugento da TV não se daria bem em qualquer empresa.
O doutor Gregory House já falsificou exames para tratar pacientes com procedimentos experimentais. Já trocou medicamentos sem que os doentes consentissem. E, na maioria dos casos, todos saíram andando do Princenton-Plainsboro, o hospital-escola onde trabalha, no seriado de TV a cabo que leva o seu nome e volta ao ar no Brasil nesta semana. Mas até que ponto o estilo de House pode servir de inspiração para executivos do mundo real?
Para o vice-presidente da consultoria Thomas Brasil, Edson Rodriguez, exageros à parte, House corresponde ao papel de “líder por competência”. É o tipo de líder que se impõe pela sua qualidade profissional, inteligência acima dos padrões e sua capacidade de apresentar resultados mesmo em situações extremas e de alto risco. É esse rendimento que faz com que ele seja respeitado pelos colegas e subordinados, mesmo com todos os problemas de convivência que ele apresenta.
Deficiente social
O lado misantropo de House é o que reduz ao mínimo suas chances de sobrevivência no mundo corporativo, segundo Rodriguez. Fugir de comemorações de Natal é o básico para o médico mais rabugento da TV. E, na vida real, a maioria das equipes precisa de um bom entrosamento para funcionar – algo que o líder deve ajudar a criar.
Mesmo assim, há ocasiões em que o personagem encontraria seu espaço. “O resultado vem sempre em primeiro lugar. A empresa não pode se dar ao luxo de dispensar um profissional bom como o House, se ela não tiver alguém tão capacitado quanto ele para ficar no lugar”, diz Rodriguez. É justamente isso que garantiu que a diretora do hospital, Cuddy, aturasse as suas maluquices nas seis primeiras temporadas – em várias ocasiões, Cuddy disse em alto e bom tom que, apesar de tudo, House resolvia casos dados como perdidos por dezenas de médicos.
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