Relação de patrocinadores e mídias
29 de Abril de 2009, 19:44
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Por Fernando Tasso*
Vocês que acompanham o esporte pela televisão já devem ter percebido duas coisas curiosas, o nome dos clubes e as entrevistas com jogadores. Explico:
Vocês conhecem o time de vôlei Finasa? E o time do Rexona/Ades? Então conhece um time de futsal chamado Malwee? Ou, quem sabe, uma equipe de Fórmula 1 chamada Red Bull Racing? A coincidência é que todas essas equipes têm nome de empresas e, por isso mesmo, não são conhecidas pelo nome real.
Finasa era o time conhecido como Osasco. Rexona/Ades é chamado de Rio de Janeiro, Malwee é o Jaraguá e a Red Bull Racing é a equipe RBR. Por quê? Porque algumas emissoras de televisão se negam a falar o nome das empresas de graça. E para não fazer propaganda “gratuita”, já que possui seus próprios patrocinadores, as emissoras apelidam os times com o nome da cidade.
A mesma lógica serve para explicar o porquê do “close” dermatológico que ocorre nas entrevistas dos jogadores. As emissoras fecham a câmera no rosto do entrevistado para impedir que o telespectador veja aquelas marcas no painel de fundo, comum nas salas de imprensa dos clubes de futebol.
Infelizmente, essa prática pode ser responsável por um desincentivo aos patrocinadores, que pagam caro para divulgar sua marca, mas não têm o retorno esperado pela dificuldade de exposição na TV. Não podemos dizer que foi isso que influenciou a Finasa a deixar o vôlei profissional, mas deve ser levado em consideração.
A hipocrisia é grande, enquanto reclamam da falta de patrocínio ao esporte, escondem os patrocinadores que resolvem investir. Esse fato deve ser combatido, pois não é possível patrocinar um clube e não ter a exposição da marca. Assim, associações, clubes, federações, e todos que negociam os direitos de transmissão das competições precisam se impor e buscar um entendimento com as emissoras a esse respeito.
Sinceramente, o nosso esporte precisa de patrocínio sim, mas