Relação de classe trabalhadora, estado, e a elite
No governo da Era Vargas um forte marco do período, foi o populismo do governante. O período iniciou um novo tipo de Estado, chamado “Estado de compromisso”, em razão do apóio de diversas forças sociais e políticas: as oligarquias dissidentes, classes médias, burguesia industrial e urbana, classe trabalhadora e o Exército. Neste “Estado de compromisso” não existia nenhuma força política hegemônica, possibilitando o fortalecimento do poder pessoal de Getúlio Vargas. Governo Provisório (1930/1934). O Estado procurou manter a classe trabalhadora controlável, que estavam se organizando e se movimentando pelas péssimas condições de trabalho. Proibiram-se as greves e qualquer tipo de manifestação. Por outro lado, o Estado efetuou algumas concessões, tais como, o salário mínimo, a semana de trabalho de 44 horas, a carteira profissional, as férias remuneradas. As leis trabalhistas foram reunidas, em 1943, na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), regulamentando as relações entre patrões e empregados. A aproximação de Vargas junto à classe trabalhadora urbana originou, no Brasil, o populismo – forma de manipulação do trabalhador urbano, onde o atendimento de algumas reivindicações não interfere no controle exercido pela burguesia. Desta maneira havia a relação entre o Estado, elites, e a classe trabalhadora, sempre procurando manter a classe menos favorecida (classe trabalhadora) controlável aos objetivos da elite para o desenvolvimento do Estado. No período de JK o lema do governo era fazer o Brasil progredir 50 anos em 5. O lema traduz bem o espírito dinâmico e empreendedor do novo presidente. Os gastos com as grandes obras públicas ajudaram a elevar a inflação, prejudicando a classe trabalhadora que reclamava aumentos salariais.