relatório the men fix the world
Em The Yes Men fix the world, segundo longa do grupo, a idéia é colocar a ética do mercado em cheque. Andy Bichlbaum e Mike Bonanno bolam planos mirabolantes para mostrar ao público como a ética das grandes corporações é volátil e ditada pelas imposições de um sistema opressor. Para se ter uma ideia do quão longe os Yes Men podem ir, vale citar a sequência na qual Andy se faz passar por um porta-voz de uma companhia química responsável por um acidente tóxico de grandes proporções na Índia, há 20 anos. Ao vivo, na BBC, declara para milhares de espectadores que a companhia vai fazer uma doação milionária para acudir as vítimas.
Andy e Mike são excelentes atores. The Yes men fix the world é cheio de inserções cômicas.Os Yes Men armam uma encenação para deixar claro o porquê das grandes corporações não tomarem as atitudes corretas, com medo das diretrizes do mesmo sistema e temendo uma redução nos lucros.
Ao longo do filme, uma série de peças são pregadas, mostram que a globalização ao contrário do que advogam as teses neoliberais, principalmente quando se tem em vista as análises que não são influenciadas pela tradição Marxista, não caracteriza um processo terminal onde os jogos são feitos, favorecendo,inexoravelmente, a uns e desfavorecendo a outros. É um processo que contem dentro de si, múltiplos e matizados aspectos e que assim, como tudo que é real, é também profundamente contraditório. Logo, é mutável e nele se pode intervir quando se tem a capacidade de apreender sua “lógica” interna mais determinante, profundamente e essencial.