Relatório do Filme sou surdo e não sabia
Sempre fazendo comparações entre a convivência com os pais e o convívio escolar, Sandrine se sente isolada do mundo e dos seres humanos. O comparativo com a convivência familiar é bastante interessante principalmente porque demonstra a afetividade dos pais para com a menina assim que ela nasce, no entanto após descobrir que a menina não escuta eles passam a culpar-se e aos poucos vão sentindo piedade e se afastando dela.
Entendendo que Sandrine tinha necessidade de se posicionar no mundo os pais a princípio tentam enquadra-la na lógica dos ouvintes, fazendo com que a menina estude em colégio de integração. Dessa forma ela é forçada a verbalizar. O grande paradoxo da menina é compreender como se dá a comunicação entre os seres humanos, essa indagação é feita por ela por não compreender a professora e não conseguir socializar-se com as demais crianças do colégio.
Cansados de várias frustrações a família resolve matricular Sandrine em um colégio especial para surdos, onde estudaria separada dos demais aprendendo a falar. Logo após a aula com os alunos não ouvintes a menina é inserida em outra sala com ouvintes e obrigada a responder as perguntas do professor através da fala. Nesta escola a língua de sinais é proibida e os alunos são obrigados a verbalizar para estabelecer a comunicação entre eles.
Essa experiência é traumática para a menina, no entanto, foi a partir desse colégio que ela descobre crianças, que assim como ela não escutam, com isso faz novas amizades, aprende a se estabelecer no mundo e a se comunicar através da língua de sinais.
Tendo essa consciência, quando adulta Sandrine vira militante dos Surdos e Mudos, a fim de garantir que a língua