RELÁTÓRIO ANALÍTICO A PARTIR DO FILME “O ENIGMA DE KASPAR HAUSER”
INSTITUTO SUPERIOR BILÍNGUE – PEDAGOGIA
ALUNA: FATIMA LIMA JOSÉ
TURNO: NOITE
RELÁTÓRIO ANALÍTICO A PARTIR DO FILME
“O ENIGMA DE KASPAR HAUSER”
INCLUSÃO
Kaspar Hauser viveu toda sua infância e adolescência isolado em um calabouço, acorrentado como um animal. Permanecendo sempre sentado, acabou não aprendendo a andar.Aprendeu a escrever seu nome à custa de repetição e pancadas. Além dos grunhidos, pois também não sabia falar, aprendeu uma única frase, que repetia sempre, por ordem do homem que o alimentava: “ Eu quero ser um cavaleiro tão bom quanto meu pai”. Brincava o tempo todo com um cavalinho de madeira, na escuridão do calabouço, sem saber quando era dia ou noite. Quando cansado, dormia profundamente e era alimentado com pão de água. Foi deixado numa praça em Nuremberg, em uma época em que ainda existiam reis. Numa sociedade em que aqueles que não correspondiam ao modelo padronizado do homem civilizado, eram considerados primitivos, atrasados. Para isso deveriam ser ajudados a qualquer preço, de forma a galgar degraus na escala de desenvolvimento e evolução da sociedade da época. A linguagem será o instrumento pela qual a sociedade tentará incluí-lo, ou melhor dizendo, integrá-lo. Não possuindo um passado nobre, um homem mesmo que conseguisse entrar nos padrões vigentes, sempre estaria com o estigma do seu passado obscuro. Kaspar Hauser, mesmo aprendendo tudo o que lhe ensinaram, não era reconhecido como parte daquela sociedade que o integrou. Nem ele mesmo se reconhecia como parte dela, pois apresentava uma característica contrária ao padrão esperado, uma deficiência, uma falta em relação aos outros.Uma marca, um estigma: a marca da diferença! Com isso se sente muito oprimido, que em um de seus desabafos diz ao seu tutor: “o mundo é todo mau” , pelo simples fato de terem pisado em suas flores. Em uma outra ocasião, em que sua relação com as