Relatório do filme: Loucos de amor
Este filme é uma comédia romântica inspirada na vida de duas pessoas com a Síndrome de Asperger, cujas disfunções emocionais ameaçam o romance do casal. Donald lidera um grupo de ajuda de pessoas de condições semelhantes, como forma de não sentir-se só. É um motorista de taxi sem sorte que ama os pássaros e tem uma habilidade fora do comum com os números, ele gosta de padrões e rotinas, porém quando a bela e complicada Isabelle se junta ao seu grupo de ajuda, sua vida e seu coração ficam de cabeça para baixo. Isabelle aceita sua condição e suas vantagens e desvantagens, ao contrário de Donald.
Donald sofre da Síndrome de Asperger. Essa síndrome está relacionada com o Autismo, porém se diferencia dele por não ter atraso no desenvolvimento cognitivo e da linguagem, é mais comum no sexo masculino e apresenta dificuldades de interação, de mudanças e há falta de empatia. Apresentam dificuldades em iniciar e manter uma conversa. Algumas evitam o contato visual e demonstram aversão ao toque do outro, mantendo-se isoladas.
Nesse contexto surge o romance tumultuado, que desafia seu próprio desejo de ser “normal”. Flertes, ciúmes, rompimentos românticos, mal-entendidos, timidez, reaproximações, e entre outras situações comuns a qualquer casal, acontecem de forma interessante. Somos atraídos para o território pessoal de pessoas que, tendo que viver com dificuldades de comunicação, com timidez e inseguranças, com agressividades e descontroles, condicionados a padrões e rotinas, esforçam-se continuamente por serem independentes. É um conto a respeito do poder do amor incondicional, da aceitação da diferença, do apoio mútuo.
A questão central do filme tem a vantagem de condensar o essencial: até que ponto ou de que modo o impulso amoroso que aproxima Donald e Isabelle pode sobreviver através dos seus próprios desequilíbrios. O que mais me chamou atenção no filme foi que o Donald sempre tentava ser uma pessoa normal, não aceitava a sua