relatório de tensão superficial
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1.0 INTRODUÇÃO A tensão superficial surge nos líquidos como resultados do desequilíbrio entre as forças agindo sobre as moléculas da superfície em relação àquelas que se encontram no interior da solução. As moléculas de qualquer líquido localizadas na interfase líquido-ar realizam um número menor de interações intermoleculares comparadas com as moléculas da superfície de um liquido para seu interior torna-se o principal obstáculo para a formação de bolhas, gotas e a nucleação de cristais em líquidos. Como estas forças de coesão tendem a diminuir a área superficial ocupada pelo liquido, observamos frequentemente gotas adotarem a forma esférica. Pela mesma razão ocorre a formação dos meniscos, e a consequente diferença de pressão através de superfícies curvas ocasiona o efeito denominado capilaridade. A esta força que atua na superfície dos líquidos dá-se o nome de tensão superficial e, geralmente, quantifica-se a mesma determinado-se o trabalho necessário para aumentar a área superficial. Em geral, as discussões em sala de aula sobre a importância da tensão superficial restringem-se a sua relação com o que convencionou chamar de “molhabilidade”. Assim, quanto menor a tensão superficial maior a facilidade para um liquido se espalhar. Entretanto, as implicações deste fenômeno são bem mais amplas e estão diretamente relacionadas a muitas situações industriais, como os processos de fermentação, formação de gelo durante o resfriamento de alimentos e estabilidade de emulsões e espuma, bem como ás funções vitais, como a tensão superficial dos pulmões. Neste ultimo caso, os pulmões necessitam extrair o2 do ar e passá-lo à corrente sanguínea, e o fazem através da presença do surfactante pulmonar, fosfolipídios, que baixa sensivelmente a tensão superficial das paredes dos alvéolos, facilitando a difusão do oxigênio. Da mesma