Relatório de investigação sobre bem cultural : Casa Grande do Tatuapé
Relatório de investigação sobre bem cultural
Objeto: Casa do Tatuapé
End: R. Guabijú nº 49 - Tatuapé - Capital - São Paulo
Justificativa: A casa foi escolhida por ser representante paulista de bem cultural tombado em três instâncias, por pertencer ao período colonial e ter uma arquitetura diferenciada de suas semelhantes e, principalmente, porque está sendo sufocada pela construção civil no seu entorno.
Histórico do bem cultural: A construção da casa remonta à segunda metade do século XVII (1668-1698), de formato retangular possui seis comodos, três alturas (alpendre, casa e sotão) e telhado de duas águas; a técnica construtiva é taipa de pilão, possui dois anexos junto ao alpendre que se considera ter sido, ao lado direito de quem entra, uma capela e, do lado esquerdo, um 'quarto' para os viajantes. Está localizada próxima ao Rio Tietê e ao Corrego Tatuapé e, também à rua Ulisses Cruz e as avenidas Celso Garcia e Salim Farah Maluf.
A documentação do imóvel é datada primeiramente como sesmaria pertencente a Lourenço Gomes Ruxaque (1611); na época da construção da casa, o sítio Tatuapé pertencia ao padre Matheus Nunes Siqueira, cujo administrador, Mathias Rodrigues da Silva foi encarregado de construí-la, a mesma aparece no inventário de Catharina D'orta, esposa de Mathias (1698) entre outros itens como, por exemplo,vestuário, louças, móveis e escravos.
De acordo com Gagliardi, até 1822 o imóvel foi transferido por herança e, após essa data foi vendida, ora estava fechada, ora alugada; em 1836, há menção no inventário sobre ser uma olaria e estar coberta de palha; em 1855, retifica-se a informação sobre a casa, ainda servir de olaria; já, em 1945, a Tecelagem Textília, adquire o sítio; pode-se perceber que a casa passou por muitos donos e/ou moradores, que a transformaram, deterioraram e modificaram o seu entorno.1
Em 22 de janeiro de 1981, a prefeitura de Saõ Paulo adquire a compra da Casa Grande do Tatuapé por Cr$ 2.672.380,00, pagos à