relatório de diluição de soluções
Maior acelerador de partículas do mundo confirma existência de “hadrões exóticos”
ANA GERSCHENFELD
11/04/2014 - 17:19
Estas partículas, teorizadas nos anos 1970, foram agora detectadas pelo LHC, o acelerador do Laboratório Europeu de Física de Partículas.
Foi neste detector, o LHCb, que a nova partícula foi agora finalmente observada CERN
O grande acelerador de protões, o LHC, situado a 100 metros de profundidade debaixo da fronteira franco-suíça, nas instalações do CERN (Laboratório Europeu de Física de Partículas), está encerrado para obras até 2015. Mas isso não tem impedido os físicos que lá trabalham de continuarem a analisar os resultados obtidos antes desta paragem técnica.
E agora, os responsáveis por um dos grandes detectores de partículas lá instalados, o LHCb, acabam de confirmar, ao analisar a gigantesca massa de dados recolhidos por essa máquina, a existência de uma partícula diferente de todas as outras. Tem o árido nome de Z(4430) e é aquilo que os especialistas denominam pela expressão, certamente mais poética, de “hadrão exótico”.
Apesar de ter sido prevista há décadas e de a sua existência ter sido demonstrada com um grande nível de certeza estatística num outro acelerador, esta é a primeira vez, explica o CERN em comunicado, que se torna possível falar na “observação sem ambiguidade” de uma partícula. “A análise dos dados do LHCb estabelece a natureza ressonante da estrutura observada [a existência de picos localizados em certos níveis de energia], provando que isto é realmente uma partícula e não uma propriedade especial dos dados”, diz Pierluigi Campana, responsável pela experiência LHCb, citado no mesmo documento. Os resultados já foram submetidos para publicação na revista Physical Review Letters.
Antes de mais, as partículas chamadas hadrões dividem-se duas famílias: a dos “bariões”, tais como os protões e neutrões que formam os núcleos dos átomos, e a dos mesões. A diferença entre estas duas famílias é