Relatorio sobre Bulimia Nervosa
Os transtornos do comportamento alimentar (TCA) são caracterizados por toda e qualquer circunstância que suponha uma perturbação no comportamento alimentar, causando diversos tipos de prejuízo ao indivíduo. (Domínguez, Rodríguez, 2010).
As primeiras constatações de pacientes acometidos por disfunções do comportamento alimentar foram registradas em 1694, com Richard Morton, 1868 (síndrome anoréxica) e 1870 (comportamentos bulímicos) com William Gull. Em 1874, Gull utilizou pela primeira vez o termo anorexia nervosa. Gerald Russell marcou a história e a descrição dos transtornos alimentares, de modo geral, pois, dentre outros aspectos, sugeriu critérios diagnósticos para a anorexia nervosa, em 1970 (Duchesne, 1997).
Atualmente são identificadas duas categorias principais dentro dos TCAs: a anorexia e a bulimia nervosa. Apesar de haver uma terceira categoria, que engloba os chamados TCAs não especificados, o texto irá abordar somente as duas maiores categorias.
Segundo Duchesne (1997), os transtornos do comportamento alimentar são multideterminados, ou seja, desenvolvem-se a partir da interação de diversos fatores, como socioculturais, familiares, biológicos, psicológicos (individuais). Os fatores biológicos dizem respeito às evidências de que bulímicos e anoréticos apresentam níveis reduzidos de serotonina e noradrenalina. Além disso, tais transtornos são mais comuns quando se tem um parente de primeiro grau que apresenta algum tipo de transtorno alimentar. Os fatores socioculturais são caracterizados pelo contexto cultural que influencia os modelos ideais individuais, estabelecendo determinados padrões para a população. O ideal de beleza e autovalor associado a um corpo magro é um exemplo disso e tem como uma de suas principais consequências a preocupação obsessiva com a aparência física.
A família dos pacientes que apresentam esse distúrbio dá exagerada importância para aparências. Esses valores são percebidos através da pressão dos pais