Relato de um participante ativo da Ditadura Militar no Brasil
O primeiro relato feito pelo antigo estudante foi da participação na passeata dos 100 mil, ocorrida em Junho de 1968, que foi marcada pela morte do Luís, um líder estudantil. A caminhada feita pela Zona Sul do Rio de Janeiro, levou o exército com tanques de guerra a bombardear a sede da UNE, na praia do Flamengo, onde o estudante entrevistado estava dentro no momento. Em seguida, o grupo de estudantes caminhou com várias bandeiras do Brasil até o cemitério São João Batista, onde TENTARAM enterrar o companheiro Luis.
Um segundo relato feito pelo entrevistado foi sobre um assunto que marcou muito os estudantes universitários do Rio de Janeiro, que foi a invasão pelas tropas da cavalaria do exército a um teatro onde o grupo assistia à peça Viva” de Chico Buarque de Hollanda.
Houve ainda o relato de um terceiro episódio ocorrido, que foi quando reunidos na Candelária, centro do Rio de Janeiro, souberam da assinatura do AI-5, que tornava o Brasil uma triste ditadura militar de direita. E o questionamento era, por que bater e torturar estudantes que apenas queriam a volta da democracia e uma escola pública de boa qualidade? O final da entrevista foi marcado por esse questionamento. Fatos como esses relatados acima, pelo ex-integrante da UNE, trouxeram à memória e a face desse homem a tristeza que marcou parte da sua vida, quando amigos e conhecidos, estudantes, pessoas