RELATO DE CASO CLINICO CASO JO O PEDRO
J.P.C. com 8 anos de idade, cursando a 3° série do ensino fundamental apresenta diagnóstico de Síndrome de Asperger, CID 10 F.10.84, sendo encaminhado para o atendimento Psicológico pelo médico neurologista. Segundo os familiares, a criança apresentava intenso atraso no desenvolvimento da linguagem e na interação social. Lorn Wing caracterizam a Síndrome de Asperger (SA), como um brusco prejuízo na interação social, na comunicação verbal e não verbal, habilidades e desordem motora (WING, 1981).
Durante as sessões iniciais da Psicoterapia foram observados alguns aspectos importantes no paciente, tais como: não fixava o olhar para as outras pessoas enquanto realizava algum tipo de atividade lingüística, sua fala era presunçosa, fazendo o uso de palavras inadequadas para sua idade cronológica, sua voz era em um tom aguçado, com impressão de voz robotizada, observou-se também falta de empatia, dificuldade no relacionamento com pessoas fora de seu ciclo familiar, dificuldade em expressar emoções e sentimentos, interesses estritos, como mapas, astronomia, esportes, dinossauros e Egito antigo. J.P.C. adora desenhar animais raros como dinossauros e animais aquáticos e não tem muita paciência para esperar, não conseguia ficar quieto, fazendo movimentos repetitivos para frente e para trás com o seu corpo.
Segundo autores como Limongi (2003), o terapeuta deve prestar muita atenção nas características individuais do comportamento da criança com Síndrome de Asperger para que seu trabalho possa trazer realmente benefícios à criança. Pois, para este autor crianças com Síndrome de Asperger são, em geral, distintas entre si, mesmo a que a síndrome carregue suas características particulares, cada criança apresenta suas características próprias, que podem ser resultado de uma linha de fatores, começando pelo meio o qual esta criança esta inserida. Assim, métodos de tratamento que podem ser indicados para uma criança seriam impróprios