relacionamento de geraçoes
A família é um sistema complexo de relações, onde seus membros compartilham um mesmo contexto social de pertencimento. E o lugar do reconhecimento da diferença, do aprendizado de unir-se e separar-se, a sede das primeiras trocas afetivo-emocionais, da construção da identidade. É a matriz: na família nascemos, na família morremos! Sendo assim é a base, o esteio, o sustento de uma sociedade mais justa. Ao longo da história da humanidade, assistimos à destruição de nações grandiosas por causa da dissolução dos costumes, que foi motivada pela desvalorização da família.
“A família é um caleidoscópio de relações que muda no tempo de sua constituição e consolidação em cada geração, que se transforma com a evolução da cultura, de geração para geração” (Groeninga G.) se fundamenta na ideia de coesão e continuidade, como uma célula reprodutiva, e vive o paradoxo mudança /estabilidade em todo seu ciclo vital. A crise característica de processos de mudanças muitas vezes surge como uma ameaça de ruptura. A singularidade de como cada família cuida de seu equilíbrio e sobrevivência, interage com os relacionamentos interpessoais e intergeracionais de seus membros.
As etapas do ciclo vital estão marcadas por eventos significativos: nascimentos e mortes, separação da família de origem e formação do novo casal, nascimento do primeiro filho, o primeiro irmão, o nascimento dos filhos na evolução da relação conjugal e parental, a adolescência e passagem à idade adulta dos filhos, a desvinculação progressiva de pais e filhos, o casal conjugal e parental na maturidade e envelhecimento, o acontecimento avós e netos, a separação pela morte de um dos membros do casal.
O stress vivido nas fases evolutivas do ciclo vital se cruza com os legados transgeracionais e com as causas externas. Este processo, que se desenvolve numa dinâmica temporal, é de grande complexidade: quando uma geração está chegando à velhice, a outra está vivendo o