RELA O CAPITAL X TRABALHO
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“Tripalium”, um instrumento de tortura utilizado na Roma antiga, deu origem, posteriormente, à palavra trabalho, a qual durante o decorrer da história sofreu diversas alterações. Platão - filósofo crédulo de que cada homem difere em natureza - tentou exemplificar em seu livro “A República” como seria a Polis (cidade) perfeita. Para ele, seria fragmentada em três classes: O líder (Monarca ou Aristocrata), os guerreiros (vivendo em um tipo de comunismo) e os artesãos (responsáveis pela sustentação da polis). Nessa idealização de Platão, constata-se a distinção limítrofe entre trabalho e capital, visto que o líder recebe capital apenas pelo ato de governar, sendo o suor e o tempo dos artesãos os gastos para tal recompensa. Aristóteles, discípulo de Platão, acreditava que o trabalho - em pensamento similar ao de seu mestre - deveria ser feito pelas pessoas menos capazes de exercer outras tarefas, haja vista a supremacia de estado, a qual ele acreditava que seria exclusiva aos pensadores (filósofos). Essa concepção de que trabalhar seria algo para pessoas inferiores não se perdeu completamente durante os séculos, entretanto, na Baixa Idade Média, com o declive do feudalismo e a ascensão de uma nova classe - os burgueses - surgiu paralelamente uma nova forma de trabalho (As Corporações de Ofício). Essa convergia aos modelos do feudalismo, pois o capital durante esse período (feudal) seria adquirido mais por meio de confrontos, acordos e trocas do que propriamente pelo trabalho. As corporações seriam o jeito em que artesãos passariam a ganhar dinheiro e a repassar seus conhecimentos, dando origem posteriormente à Universidade. Nessas corporações se recebia de acordo com o quanto produzia - típica relação de custo x benefício.
O conceito de capital entende-se basicamente como algo que seria produzido por mão de obra humana, contradizendo intrinsecamente as Revoluções Industriais, as quais teriam como princípio a substituição da mão de obra física pela mecânica. Dessa