Terras para todos Tendo como objetivo a distribuição mais justa de terras entre a população, o Império Romano tentou, e o Brasil tenta, por meio da Reforma Agrária, reorganizar sua estrutura fundiária. No caso do Império Romano, a Reforma Agrária se tornou necessária a partir do momento em que Roma conquistou novos territórios e incorporou as terras conquistadas a seus domínios, estendendo assim sua fronteira econômica. Os patrícios ficavam com boa parte das terras conquistadas e ofereciam produtos com os preços reduzidos, prejudicando assim os proprietários plebeus que não podiam competir com esses preços. Muitos proprietários plebeus vendiam suas terras e se tornavam escravos em centros de grande fluxo de pessoas. Com isso, os núcleos urbanos tiveram um aumento demográfico enorme, e Roma se tornou palco de uma multidão de plebeus. Com o intuito de amenizar esses problemas, os tribunos da plebe Tibério e Caio Graco estabeleceram reformas que resolvessem os problemas que se desenvolviam. Em 133 a. C., Tibério conseguiu aprovar uma lei agrária que limitava a extensão das terras que pertenciam à nobreza e determinou a distribuição de terras públicas aos que não possuíam nenhuma. Dez anos depois, Caio Graco se tornou o tribuno da plebe e deu continuidade aos projetos do irmão (Tibério) e tentou estender a cidadania romana aos plebeus. Os projetos dos irmãos Graco foram duramente rejeitados tanto pelo os patrícios, quanto pelo os plebeus, acarretando assim na crise da Reforma Agrária; pois a nobreza não queria a repartição justa de terras e os plebeus achavam que a lei que estendia os seus direitos faria com que os benefícios garantidos pelo governo (política do pão e circo) estivessem ameaçados. No caso do Brasil, a Reforma Agrária se faz necessária porque a repartição de terras em nosso país é muito injusta. O acesso a terra foi dificultado para grande parte dos brasileiros. Para termos ideia, o latifúndio (grande propriedade rural improdutivo)