Reforma agrária pode ser entendida por um sistema que promove a divisão e redistribuição de propriedades rurais até então improdutivas, por meio da desapropriação ou a compra da terra de grandes latifundiários e então doadas aos pequenos produtores rurais, a fim de atender aos princípios da justiça social. A reforma agrária se fez necessária no Brasil, quando analisamos a má distribuição de terras e desigualdades de posse. Acredita-se que tenha razões históricas, quando no passado, em um sistema falho de capitanias hereditárias o Brasil foi dividido. Grandes lotes foram entregues as mãos de poucos donatários, o que poderia explicar a situação atual. Para corrigir esta distorção, foi criado o MST (movimento dos trabalhadores rurais sem terras) que por meio de manifestações e até ocupações, pressiona o governo a fim de acelerar o lento processo da reforma, e garantir o direito do acesso e posse de terras para milhares de trabalhadores campestres. Entretanto, barreiras vêm sendo enfrentadas pelos manifestantes, dentre elas destacamos a dificuldade em acesso jurídico, a resistência de grandes proprietários, além do elevado custo de manutenção das famílias assentadas, que por sua vez necessitam de condições de desenvolvimento agrário e produtividade, direitos estes nem sempre garantidos, porém já reclamados através de um órgão federal chamado INCRA, que além de tudo realiza o processo da reforma dentro das leis vigentes, respeitando a propriedade privada e os direitos constituídos. A partir do exposto, somos levados a acreditar que apesar dos problemas, o resultado das áreas reformadas é positivo, vindo desconcentrando e democratizando a estrutura fundiária, combatendo a fome e a miséria, a redução nos índices de êxodo rural, geração de rendas, por meio da produção de alimentos básicos, que diversifica o comércio e até os serviços no meio rural, promovendo a cidadania e justiça social. Indiana