educação chilena
O presente paper tem como objetivo analisar, em um âmbito histórico, o sistema educacional do Chile, desde as suas transformações na época da ditadura até os dias atuais. Foi a partir dos anos noventa que as contestações e reivindicações acerca do tema ganharam maior amplitude, isso devido a fortes manifestações populares nas ruas, assim como nas instituições de ensino.
Os estudantes iniciaram um protesto, no qual criticavam a reforma imposta pelo governo, a fim de flexibilizá-la, tornando o acesso ao ensino mais igualitário.
Tal assunto tem causado discussões e tumultos ao povo chileno desde 1981, isso porque nesse ano foi criada a nova constituição, onde o então ditador Augusto Pinochet suspendeu o ensino gratuito e decretou a Lei das Subvenções, que consistia na transferência dos recursos do país às universidades e escolas privadas, de forma que o dinheiro público financiava as empresas privadas, mas as mesmas não davam o retorno a população estudantil.
Sob a ditadura militar as universidades sofriam um período de transformação e reformulação no seu funcionamento, com o objetivo de por um fim ao monopólio das universidades existentes, privatizando-as de modo a torná-las o principal mecanismo de estratificação social dos estudantes. Posteriormente, foi lançada a municipalização do ensino, fazendo com que os bairros se tornassem os responsáveis financeiros da educação, o que nos leva a percepção de que os bairros periféricos encontravam-se com um ensino financiado por poucos recursos, gerando uma disparidade entre os bairros ricos e os mais pobres.
Além da municipalização, o sistema de educação básica contava com mais dois tipos de escolas: a particular subvencionada e a particular não subvencionada, sendo que a primeira utilizava o dinheiro do governo enquanto a segunda não. As críticas que surgiram contra esse primeiro tipo de escola