Reforma Agrária no Paraná

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A resistência do campesinato no Paraná está articulada a um conjunto de lutas realizadas no campo brasileiro desde um passado distante. Dentre as lutas que marcaram o início da organização camponesa no Paraná podemos citar a Guerrilha de Porecatu e a Revolta do Sudoeste. Na década de 1950, o Norte do Paraná foi palco de intensos conflitos com a formação da chamada “Guerrilha de Porecatu”, quando os camponeses-posseiros se armaram para manter as terras devolutas de Jaguapitã e Porecatu sob seu domínio e posse, pois o governo do estado havia repassado a grandes proprietários rurais. Ainda na década de 1950, o Sudoeste paranaense foi igualmente palco de intensos conflitos. As lutas surgiram quando os camponeses foram expulsos de suas terras pela manobra empreendida pelo governo do estado, que concedeu as terras a uma empresa colonizadora. Organizados em “assembleias gerais do povo” e “juntas governativas”, os camponeses avançaram para a cidade de Francisco Beltrão, expulsaram as autoridades constituídas, tomaram a estação de rádio da cidade e garantiram a posse das suas terras. No final da década de 1970, o Oeste constituiu-se noutra região de lutas no Paraná, principalmente com a mobilização e organização dos agricultores expropriados pela construção da barragem da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Organizados na Comissão Pastoral da Terra (CPT) e em alguns Sindicatos de Trabalhadores Rurais (STRs) os camponeses expulsos e expropriados formaram o Movimento Justiça e Terra, que reivindicava a justa indenização das terras alagadas pelo reservatório da Itaipu. A experiência das lutas contra a Itaipu no Oeste paranaense foi a base para o surgimento do Movimento dos Agricultores Sem-Terra do Oeste do Paraná (MASTRO), em 1981. Entre estes camponeses, encontravam-se arrendatários e posseiros “sem direito” à indenização da Itaipu. Enquanto no Movimento Justiça e Terra os camponeses lutavam para garantir a posse e indenização das terras, no MASTRO, a luta dos sem-terra passou a

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